terça-feira, 14 de outubro de 2014

Destroça-me

 
Suas garras afiadas desceram sobre minha pele          
Do pescoço até o umbigo onde encravou com força
Senti meu corpo esvair-se, desvanecer.
Porém toda dor sentida caiu como carícia
Porque mesmo quando me retalha a alma desse jeito.
Sinto-me feliz ao ter sido tocado por você
O sangue que escorre quente da minha pele ferida
Refaz-me de energia, prova-me o quanto posso sentir.
Eu não choro, não reclamo, apenas me deixo sentir
Sua fúria cortante a sangrar-me retalhando em tiras minha carne.
Minha carne podre que você reviveu apenas para macular...
Agora o meu sangue flui vermelho como vinho tinto.
Entre vida e morte, os curativos e sangue... Eu me dou a você.
Para ver meu sangue de Anjo Negro tocar sua pele branca
Meu cruel e amado Anjo de Luz.

Um comentário:

  1. Nossa todas as vezes que venho ler esse poema, minha alma exulta... É lindo demais Luka

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